Londres: uma ode a Camden Town
Em novembro do ano passado, pegamos duas mochilas e embarcamos em um voo low budget para Londres – teoricamente para assistir ao show de duas bandas que adoramos (Epica e Eluveitie), mas assim que sentamos as bundinhas no avião lembramos que os ingressos tinham ficado em casa. Estamos de parabéns! haha
Como já diz o ditado: tá no inferno, abraça o capeta. Deixamos o show pra lá (felizmente já vimos essas bandas ao vivo várias vezes) e tentamos aproveitar ao máximo nossas 50h na terra da rainha. Chegamos dois dias após os incidentes terroristas de Paris, então já na primeira noite vimos a London Eye iluminada com as cores francesas em solidariedade aos acontecimentos. Apesar de toda a tensão na mídia, não sentimos nada de diferente “no ar” nem tivemos dificuldades na imigração – mas chegamos via Stansted e não Heathrow, talvez isso tenha influenciado.
Foi nossa primeira visita à cidade, e em dois dias e meio não dá pra conhecer nem o centro de Londres direito. Não conseguimos ver nenhum museu, mas andamos bastante pelas principais ruas, visitamos Kings Cross e a Plataforma 9 ¾ (como bons fãs de Harry Potter), fomos à Harrods (o que levou uma tarde inteira, de tão grande que é), e descobrimos Camden Town, onde ficamos hospedados.
E o que falar de Camden Market, que ~mal conheço e já considero tanto~? A adolescente gótica que vive dentro de mim ficou louca com a quantidade de lojas (e pessoas) alternativas naquele lugar, só fiquei imaginando como teria sido incrível passar minha adolescência por ali com tanta história e influências. Nunca vi tantos coturnos, espartilhos, piercings, roupas steam punk, cyber, acessórios/arte alternativa e antiguidades juntos em um único espaço, que por sinal é gigantesco. No meio de tudo isso, várias barraquinhas e lojas de comidas de todos os tipos – de sorvete vegano e churros com dulce de leche a comida chinesa.
As ruas fora do mercado também estão cercadas por lojas alternativas, algumas franquias grandes (como Urban Outfitters) e várias opções de bares, pubs, baladas e restaurantes. Daria para passar uma semana inteira em Camden Town e ainda não ter visto tudo o que o bairro tem a oferecer. É um pouquinho longe do centro e requer uma viagem de metrô ou ônibus para chegar aos principais pontos turísticos, mas eu sem dúvidas me hospedaria na região de novo. Camden nos surpreendeu com alguns cafés e restaurantes deliciosos, com seus graffitis, suas personalidades, e ainda com um vinil do The Cure que eu tanto queria.
No fim, acabei tirando só duas ou três fotos no cento de Londres, OH WELL! Pretendemos voltar o mais breve possível para a cidade, ainda tem muuuuito o que ver, fazer e comer. Agora já pode colocar The Smiths pra acompanhar as fotos, e no fim do post tem dicas de onde fomos/ficamos/comemos. :D
Onde ficar: nossa escolha foi o hotel Camden Lock, uma alternativa bem simples e barata próxima às estações de metrô Chalk Farm e Camden Town. Luxo passa bem longe do hotel, mas o atendimento foi extremamente simpático e gostamos da localização.
Onde comer: qualquer ponto do Wasabi, uma franquia de “fast food” japonês de preço acessível e com comida bem gostosa. Em Camden, fomos ao Haché para burguers, Yumchaa para um cházinho gostoso, Two Doors Down e The Bowery para café da manhã, e Cookies & Scream para um sanduíche de sorvete vegano que já está me dando saudade. Fizemos um chá da tarde no Harrods’ Tea Room e detestei o atendimento (muito arrogante), mas amei um pastry de framboesa do cardápio.
O que fazer: se perder no Camden Market, sem dúvidas. Quem é fã de Harry Potter e não tem tempo para fazer um dos tours, parar na estação Kings Cross para tirar uma foto na plataforma 9¾ é obrigatório (eles fazem fotos oficiais, mas essa no post foi o Shi quem tirou. Você pode ficar o tempo que quiser lá, a equipe é super atenciosa e entende a paixão dos fãs pela série). De lojas, fomos conferir de perto a Muji e Uniqlo – duas franquias japonesas, a maior Lush do mundo, a loja de departamento riquíssima Harrods. Também andamos pela Oxford, pegamos bastante o metrô e os double-deckers algumas vezes – sim, eu estava cantando Smiths mentalmente! hahah