Vamos falar de Eurovision 2015?

Imagino que muita gente já ouviu falar em Eurovision Song Contest, especialmente ano passado com a vitória da maravilhosa drag austríaca Conchita Wurst. A 60a edição do concurso musical, que contou com a participação de 40 países, aconteceu neste fim de semana e pela primeira vez pude acompanhar ao vivo – antes só tinha visto alguns vídeos no Youtube.

E gente, que coisa incrível de tão brega! hahahah. É uma superprodução com telões, projeções, luzes, fogos, pessoas voando, máquina de vento… e uma politicagem explícita e absurda. Por ser noob nisso, não tinha certeza se tinha pegado direito a vibe de tudo, mas pesquisando sobre acabei vendo que é verdade: não é só mais um concurso musical. O Eurovision funciona também como uma vitrine para diversos países mostrarem sua cultura, sua mensagem e seu valor à União Européia e ao resto do mundo.

Isso se reflete na escolha das músicas de cada país (alguns optam por cantar em seu idioma, ao invés do Inglês), mas principalmente na hora da votação final – feita através de sms ou ligações pela população de cada nação. As alianças ficam super nítidas: formam-se grupos de países que se favorecem, e alguns votos de confiança (bálticos votam entre si, assim como os países nórdicos, por aí vai). E apesar da Rússia ter ficado em segundo lugar e a produção do evento ter tomado medidas de precaução contra vaias (especificamente para a apresentação russa, vejam bem), deu pra sentir uma tensão rolando.

Eurovision_Sweden Eurovision2015_Latvia Eurovision_Georgia

Os países vencedores são os anfitriões do evento no ano seguinte, então já dá pra imaginar o prestígio que isso traz – é como se fossem as Olimpíadas musicais. Tem toda uma agenda diplomática entre os embaixadores rolando ao fundo também, não é pouca coisa. Para ter uma ideia melhor sobre essa politicagem toda, recomendo a leitura desse artigo. Esse outro aqui fala sobre as possíveis mensagens políticas e sociais em cada letra.

Mas vamos falar da música? Vamooooos. Estava torcendo para quatro países: Georgia (Nina), Suécia (Måns), Latvia (Aminata, QUE VOZ!) e Bélgica (Löic). O mozão sueco foi o único classificado no top3, a competição estava acirrada entre Rússia e Itália – que, na minha opinião, tiveram apresentações super clichês e breguinhas.

Resumindo: achei bem incrível, podem me julgar! hahahah. Não fazia ideia de todos esses detalhes por trás do concurso, fiquei fascinada. A próxima edição será na Suécia e já quero muito ir assistir, ou pelo menos juntar algumas pessoas em casa para acompanhar.

Vocês já tinham ouvido falar no Eurovision? Quais foram seus números favoritos nessa edição?